Vahirua, único profissional da seleção do Taiti |
Como jornalista não tenho nada que me faça pensar que errei em alguma ocasião. Não digo erros técnicos, isso acontece com qualquer um, passar uma vírgula ou erro de português é normal. Digo, entretanto, erro ético!
Há dias, no entanto, acredito que tenha cometido o primeiro. Durante o treino do Taiti, no Centro de Treinamento do América-MG, em Belo Horizonte, fui entrevistado pelo companheiro Ricardo Fehler, da TV Bandeirantes. No que entendi, seria uma matéria mais descontraída, ia mostrar a pitoresca seleção. Fui perguntado sobre os nomes dos atletas, todos difíceis de pronunciar. Esta parte foi engraçada.
Pouco depois, porém, o repórter me perguntou o que eu achei da seleção. Sem pensar eu disse: "um time de baixíssimo nível técnico".
Todos nós sabemos da capacidade dos caras. Eles venceram um torneio em que poucos atletas eram profissionais. Chegaram para competir, mas sabem que vieram mais para conhecer o Brasil.
Acredito que neste momento eu perdi uma boa oportunidade de ficar calado. Os caras são simples demais, bem humorados, educados, e estão impressionados com tudo, inclusive com a imprensa.
Pouco depois, arrependido do que fiz, tentei conversar com o companheiro para não deixar que tal fala fosse ao ar. Não sei se foi. Porém, se foi, peço desculpas aos jogadores, que certamente não entenderam nada do que eu disse, e ao povo que viu, pois foi ridículo da minha parte.
Acredito que uma seleção como essa vem para a Copa não para disputar, mas para mostrar esse outro lado do futebol. É pitoresco, é legal, é diferente, é interessante, é uma outra cultura, um povo que não coloca o futebol acima de tudo.
E eu sou um babaca. Tenho dito!
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